10 PERGUNTAS SOBRE PEDRO QUE NENHUM CATÓLICO RESPONDE
1. Se Pedro era o líder máximo dentre os cristãos, que exercia o primado sobre os demais, sendo chamado pelos próprios católicos como sendo o “chefe dos apóstolos”, “príncipe dos apóstolos”, “bispo dos bispos”, “bispo universal”, entre outras designações, por que razão Jesus Cristo não afirmou que Pedro lideraria sobre os demais discípulos, mas, ao contrário disse:
“Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês” (Marcos 10:42)
Em direto contraste com as nações da época, onde havia alguém que governava sobre os demais, exercendo domínio ou poder sobre eles, Cristo afirma que não seria assim entre os discípulos. Ora, se Pedro foi chamado para ser o chefe do grupo apostólico, como dizem os católicos, onde está o contraste indicado por Cristo? Não seria mais correto dizer que, assim como os governantes das nações exercem autoridade sobre os outros, Pedro exerceria autoridade como o príncipe dos apóstolos? Por que não haveria primazia de um com relação ao outro, se os católicos dizem que Pedro era o primaz?
2. Por que Jesus não respondeu que era Pedro o maior dentre eles, quando os discípulos disputaram entre si acerca de qual deles era o maior, em Mateus 18:1? Se foi Jesus quem tornou Pedro o “líder” dentre eles, então por que ele próprio não confirmou isso, mas, ao contrário, disse coisa completamente diferente? Não seria mais fácil responder prontamente: “é Pedro” – como sonham os católicos – e fim de papo? Para que fazer suspense e deixar de dizer o “óbvio”, se Pedro era mesmo o maior dentre os discípulos?
3. Por que os discípulos perguntaram “quem é o maior no reino dos céus” (Mt.18:1) e “houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior” (Lc.22:24), se já estava definido que era Pedro? Note que estes fatos ocorreram depois de Mateus 16:18, que, de acordo com o que dizem os católicos, é uma suposta “prova” do primado de Pedro sobre os demais.
Mas, se os discípulos entenderam a passagem deste jeito, e não conforme os evangélicos afirmam, então por que ainda havia disputa entre eles acerca de qual deles era o maior, se já estava decidido desde antes que era Pedro? Faria lógica um católico romano perguntar qual bispo tem a primazia, sendo que é óbvio para eles que é o papa? Quando muito, os discípulos estariam no máximo disputando o segundo lugar, porque o primeiro já estaria com Pedro!
4. Por que Lucas escreve no livro de Atos que Paulo era “o principal cabeça da seita dos nazarenos -και ειναι πρωτοστατης της αιρεσεως των Ναζωραι” (At.24:5)? Se a afirmação é mentirosa ou está incorreta, por que nem Lucas nem Paulo corrigem o interlocutor? Por que um famoso advogado, chamado Tértulo, iria se enganar tão facilmente quanto a quem era o líder dos cristãos, se estava tão óbvio assim que Pedro liderava dentre os cristãos em Roma?
5. Se o texto de Atos 24:5 deve ser encarado somente como evidência de que Paulo era um dos cabeças dos cristãos, e não o cabeça, então por que Lucas aplica o artigo definido naquela passagem? Não seria mais fácil deixar sem artigo definido para dar a impressão de que Paulo era somente mais um dos líderes?
Por que o termo grego “πρωτοστατης”, que pode ser traduzido de amplas maneiras (tais como “líder”, “principal promotor”, “chefe”, “primeiro lugar”, “cabeça” – sempre dando o sentido de liderança) não está colocado no plural (como seria no caso de Paulo dividir tal liderança com outros, como Pedro), mas sim realmente no singular, e com o artigo definido que o antecede?
6. Se Pedro era o líder máximo dos cristãos e autoridade absoluta sobre o próprio Paulo, então por que este escreve dizendo: “em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos” (2Co.11:5)? Se Paulo era inferior a Pedro, que era autoridade sobre Paulo, então por que Paulo não disse que era inferior ao seu líder Pedro, mas, ao contrário, declarou categoricamente que ele não era inferior nem sequer aos mais excelentes apóstolos?
7. Se Pedro era o líder dos cristãos, o papa infalível, então por que não foi ele, mas Tiago que liderou o Concílio de Jerusalém (At.15)? Por que não foi Pedro quem abriu a assembleia, nem ele quem fechou o concílio, ainda mais sabendo que o líder é aquele que dá a palavra final? Por que a carta enviada às demais igrejas cristãs não foi baseada nas palavras ditas por Pedro, mas inteiramente naquilo que foi dito por Tiago? Por que foi Tiago quem fechou o concílio e quem deu o veredicto final, e não Pedro? Por que foi Tiago quem falou em nome do corpo de apóstolos? Por que foi Tiago, e não Pedro, aquele que mais discursou? Por que a ênfase é dada ao discurso final de Tiago, e não ao de Pedro, se era Pedro o “papa”?
8. Por que Paulo, ao escrever aos romanos, saúda nominalmente 27 pessoas, mas se “esquece” de saudar bem exatamente aquela que seria a mais importante dentre elas, que é Pedro? Será que Paulo não saudou os romanos na carta aos romanos, mas os asiáticos (veja a refutação desta pérola aqui)? Se Paulo não citou Pedro porque este não era bispo de Roma, então onde vão parar os supostos 25 anos de primado de Pedro em Roma, alegados pela Igreja Romana?
Mas, se Pedro era mesmo o bispo de Roma, por que Paulo se lembrou de saudar 27 irmãos, muitos dos quais não passam de anônimos pela Bíblia e que não são mencionados em mais lugar nenhum das Escrituras, mas deixa de citar bem exatamente aquele que seria o mais importante, que é Pedro? É a liderança de Pedro que não era tão imponente assim, ou as cronologias católicas que pisaram na bola de novo?
9. Por que Pedro, ao escrever aos presbíteros da Igreja, declara que escrevia “na mesma qualidade de presbítero como eles” (1Pe.5:1), isto é, em igualdade com eles, e não superioridade, como seria no caso de que ele exercesse um primado sobre todos os demais? Por que ele não diz que escrevia na qualidade de bispo dos bispos, mas de um simples presbítero? Por que Pedro se declarava presbítero como eles, e não acima deles, como quem estivesse exercendo liderança ou autoridade?
10. Por que Pedro era casado (Mt.8:14; 1Co.9:5), mas os papas atuais são proibidos de se casar? Foi Pedro que estava errado em pleno século I, ou os papas atuais que estão enganando e sendo enganados? Por que Pedro não aceitou que se prostrassem diante dele (At.10:25,26), mas os papas atuais aceitam isso sem qualquer problema? Por que Pedro não tinha prata nem ouro (At.3:6), mas os papas atuais têm grandes quantidades de ambos?
Por que Pedro falhou ao errar em questões de fé, tais como pensar que certos alimentos que Deus purificou ainda eram imundos (At.10:10-17), pensar que era proibido comer com os não-judeus (Gl.2:11-13), ser temporariamente contra a evangelização dos gentios (At.10:15), mas os papas atuais não podem errar em matéria de fé? Por que ninguém avisou Pedro que, 1800 anos depois da morte dele, iriam inventar o dogma da infalibilidade papal?
Essas e outras perguntas nenhum católico responde, ou, se responde, é apenas para afundar ainda mais as teses deles mesmos, com explicações das mais mirabolantes possíveis e malabarismos teológicos dos mais alucinantes, que mais servem para nos divertir do que para nos refutar.
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Por: Lucas Banzoli.
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