Como esse é um assunto bastante polêmico, serão vários os assuntos tratados quanto ao dom de falar em “línguas estranhas”, por ordem:
1) Quando alguém começa a falar em línguas? O batismo no Espírito Santo existe mesmo?
2) O dom de línguas vale até os dias de hoje?
3) A língua “estranha” é uma língua terrena ou celestial?
4) Paulo, ao escrever aos Corintos, era contra a manifestação desse dom? Quais são as vantagens do “falar em línguas”?
QUANDO ALGUÉM COMEÇA A FALAR EM LÍNGUAS? O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO EXISTE MESMO?
O “falar em línguas estranhas” é comumente relacionado ao batismo no Espírito Santo. Em Atos 19:2-6, os cristãos de Éfeso foram batizados no Espírito Santo, e logo em seguida passaram a falar em línguas estranhas:
Atos 19
1 E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,
2 Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João.
4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5 E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
São muitas as pessoas que não acreditam no batismo no Espírito Santo, acreditam apenas no batismo de João Batista. Contudo, o batismo no Espírito Santo é bíblico, não existe apenas o batismo nas águas. O batismo de João Batista é marcado quando a pessoa sai das águas, enquanto o batismo no Espírito Santo acontece quando a pessoa passa a falar em línguas estranhas, que é a marca que o Espírito Santo deixa em nós quando somos batizados nele. Veja algumas das inúmeras passagens bíblicas que mostram também o batismo no Espírito Santo:
”Eu batizo voces com água, mas ele os BATIZARÁ COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO”(Lc.3:16). Neste versículo de Lucas nós vemos a clara distinção entre o batismo de João Batista (que é nas águas) e o batismo de Jesus Cristo, que é com o Espírito Santo e com “fogo”. O batismo no Espírito Santo fica ainda mais evidente à luz dessa passagem de Atos:
”Era também instruído no caminho do Senhor, falava com grande entusiasmo, o seu ensinamento a respeito de Jesus era correto, PORÉM CONHECIA SOMENTE O BATISMO DE JOÃO”(At.18:25). Perceba que o “somente” prova que existe um outro tipo de batismo, além do das águas. É por isso que em Hebreus 6:12 a referência ao batismo vai no plural. Existem muitas mais passagens que falam do batismo no Espírito Santo, veja também: Atos 19:2-7; Marcos 1:8; Mateus 3:11, etc...
O DOM DE LÍNGUAS VALE ATÉ OS DIAS DE HOJE?
Muitas pessoas se levantam contra o dom de línguas alegando que ele valeu exclusivamente para o pentecostes, e não depois disso. Isso é evidentemente um ensinamento completamente anti-bíblico e cheio de engano. Os não-judeus também passaram a falar em línguas:
Atos 10
44E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
46 Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
47 Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
Atos 11
15 E Pedro continuou: Quando comecei a falar, o Espírito Santo veio sobre eles, como tinha vindo sobre nós no princípio.
16 Aí eu lembrei que o Senhor Jesus tinha dito: “É verdade que João batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo”.
17De fato, os não-judeus receberam de Deus o mesmo dom que nós recebemos quando cremos no Senhor Jesus Cristo. E quem era eu para ir contra Deus?
O dom de línguas era inclusive muito falado pelos cristãos de Corinto, muito tempo depois do Pentecostes (1Co.14). Essa alegação é falsa e sem sentido. Ademais, veja a promessa que o nosso Senhor Jesus Cristo deu àqueles que lhe seguirem:
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios e FALARÃO EM LÍNGUAS ESTRANHAS” (Mc.16:17)
Veja que o falar em línguas estranhas é um sinal que acompanharão TODOS aqueles que crêem. Cristo não nos dá exceções e nem diz que é só por um pequeno período de tempo e depois iria sumir... e que esse sinal acompanharia somente os primeiros cristãos e depois essa promessa acabaria... NÃO! Essa é uma promessa para TODOS nós! Um sinal que acompanharia aqueles que crêem Nele. Obviamente que Deus não batizaria no Espírito Santo alguém que é contra isso!
”Portanto, o dom de falar em línguas estranhas é um sinal de Deus para os incrédulos, e não para os cristãos” (1Co.14:22)
Paulo diz que o dom de línguas serviria como um sinal para todos os incrédulos! Óbvio que Paulo não queria dizer com isso que os incrédulos eram que iriam falar em línguas, pois se assim o fosse então Paulo não falaria em línguas mais do que todos os Corintos (1Co.14:18). O dom de línguas serve como um sinal para mostrar aos incrédulos, para lhe mostrar que estão no caminho errado. E esse sinal não servia apenas para aqueles dias, mas serve até os dias de hoje.
A tentativa mais desesperada daqueles que tentam provar que o dom de línguas não vale até os dias de hoje, encontra-se em 1Coríntios 13:8-10:
“O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.”
Veja que Paulo diz que o dom de línguas iria cessar “quando chegasse o PERFEITO...”. Agora eu pergunto: Já chegou o perfeito? É claro que não!!! O mundo está cheio de guerras e de violência, está cheio de homicídios e atrocidades, está mais do que claro que o perfeito ainda não chegou! O “perfeito” que Paulo diz, só irá chegar quando Jesus Cristo voltar em glória, nos recebendo para junto Dele aos Céus, porque lá “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap.21:4). É óbvio que isso ainda não chegou, e as profecias, e o dom de línguas, ainda vale até hoje. No Novo Testamento, já depois da morte e ressurreição de Cristo, ele estava valendo. Até onde a Bíblia fechou, ele ainda continuava eminente. E continua eminente até os dias de hoje.
A “LÍNGUA ESTRANHA” É UMA LÍNGUA TERRENA OU CELESTIAL?
Esse é talvez o assunto mais polêmico quando tratamos do falar em línguas. Os que são contra, alegam que o único tipo de línguas que existe são as daqui da terra, como em Atos 2. Contudo, são diversas as razões para esse ponto de vista estar errado. Em primeiro lugar, a própria passagem de Atos 2 não nos deixa claro quando foi que eles passaram a falar em língua terrena. Observa-se que eles primeiro falavam em línguas estranhas e, depois, passaram a anunciar a mensagem de Deus, na língua de cada pessoa:
Atos 2
2E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
A passagem não diz que no momento em que eles começaram a falar em línguas estranhas essas línguas eram celestiais ou terrenas, só diz que quando eles anunciaram para a multidão cada um entendia em sua própria língua. Veja no v.2 que eles estavam dentro de uma casa. Eles começaram a falar em línguas (celestiais ou terrenas) dentro da casa. DEPOIS, eles passaram a falar com a multidão (já fora da casa), e essa língua era terrena. Não dá para tomar uma conclusão como certa a partir de uma única passagem. Para anunciar a mensagem, eles tinham que falar em uma língua inteligível, ou senão ninguém entenderia nada. Mas quando estamos sozinhos e falamos em línguas, a Bíblia diz que edificamos a nós mesmos (1Co.14:4). Ora, de nada seríamos edificados se começássemos a falar em língua terrena...
Na ocasião de Atos 2, os apóstolos foram anunciar a mensagem para a multidão. Logo, eles deveriam falar em uma língua inteligível, ou senão ninguém entenderia nada. Não significa que o dom de línguas só existe se essa língua for terrena.
Em segundo lugar, se o dom de línguas só existe com língua terrena, então ficaria difícil de entender Atos 19:1-7:
Atos 19:
1 E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,
2 Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João.
4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5 E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam
7 E estes eram, ao todo, uns doze homens.
Agora me diz aí:
Qual foi a língua que estes doze começaram a falar???
Inglês???
Japonês???
Espanhol???
Servo-Croata???
Eles passaram a anunciar o evangelho pra quem? Para Paulo?????
Cadê as pessoas que falavam línguas diferentes para eles evangelizarem elas????
O Espírito Santo derramou sobre elas o poder de falar o inglês??? rsrsrs
Em terceiro lugar, falar em línguas estranhas é um dom de Deus:
”E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro o dom de línguas; e a outro a interpretação das línguas” (1Co.12:10)
“E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.” (At.10:45)
Ora, o Espírito Santo nos daria o “dom” de falar em inglês, em espanhol, em alemão, etc..? Para isso é só fazer um curso na CCAA e pronto! Ora, todo dom que Deus dá é proveitoso, é algo que você materialmente não poderia conseguir, mas pelo poder do Espírito e pelo dom de Deus consegue!
Em quarto lugar, são línguas ESTRANHAS MESMO, desconhecidas para todos, é por isso que está escrito:
”Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque NINGUÉM o entende, e em espírito fala mistérios.” (1Co.14:2)
(( NINGUÉM ))
Em quinto, porque nesse mesmo versículo acima, está escrito:
”Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e EM ESPÍRITO FALA MISTÉRIOS.” (1Co.14:2)
(( MISTÉRIOS )).
O Espírito fala “MISTÉRIOS”. Ora, que grande mistério é você falar em inglês ou em espanhol! A língua é um MISTÉRIO, ninguém, absolutamente NINGUÉM entende! (a menos aquele que tem o dom de interpretação de línguas). Outras versões trazem “segredos”. De qualquer forma, é um segredo, um mistério que ninguém entende, uma língua que não é deste mundo.
Em sexto lugar, quando alguém fala em línguas é o Espírito Santo quem está falando pela sua boca. O Espírito Santo só poderia falar algo celestial, algo ininteligível!
Em sétimo lugar, aquele que fala em línguas EDIFICA-SE A SI MESMO:
“O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo...” (1Co. 14.4.)
Ora, como é que você poderia estar se auto-edificando falando línguas terrenas que você nem ao menos as entende? Quando alguém fala sozinho em línguas, essas línguas são celestiais, e o Espírito ora a Deus. Por isso, a pessoa é edificada a si mesma, pois o Espírito Santo está intercedendo por ela naquele momento com gemidos inexprimíveis (Rm.8:26). Mas, para aqueles que consideram que o falar em línguas é em língua terrena (sempre), seria um absurdo você ser edificado a si mesmo enquanto fala em espanhol, em inglês, ou em japonês! Até porque aqueles que negam as línguas “celestiais” também negam que o Espírito Santo esteja intercedendo por você naquele momento! Então esta passagem de 1Coríntios 14:4 não faria sentido algum! Na verdade o que Paulo deveria ter escrito seria exatamente o inverso disso! Algo do tipo: “Aquele que fala em línguas sozinho não está se edificando em nada...” ou por aí...
Em oitavo lugar, aqueles que dizem que o dom de línguas era só em línguas terrenas, dizem que ele serve para anunciar a mensagem para os descrentes, na língua deles. A utilidade desse dom é anunciar a mensagem de Deus para as outras pessoas, para edificá-las, na língua delas. Contudo, o verdadeiro dom de línguas é exatamente o INVERSO disso que pregam os “céticos”. Vejam o que está escrito em 1Coríntios 14:5:
“Eu gostaria que vocês todos falassem em línguas estranhas, mas gostaria ainda mais que tivessem o dom de anunciar a mensagem de Deus”
Aqui Paulo faz uma grande diferenciação entre o anunciar a mensagem de Deus e o dom de línguas estranhas. Isso porque, ao contrário do que dizem aqueles que pregam que essas línguas são terrenas, esse dom não serve para a edificação do próximo, mas sim para a edificação de si mesmo. Veja como Paulo diz, falando do dom de línguas, que ela NÃO edifica o próximo:
“Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.” (1Co.14:17).
Ora, se o dom de línguas é em língua terrena sempre para que o estrangeiro ouça na sua própria língua, então ele é que é edificado. Contudo, a Bíblia mostra EXATAMENTE O CONTRÁRIO, o cidadão que está ouvindo não é edificado em nada. Se ele estivesse ouvindo a mensagem na sua língua, seria ele quem seria edificado, oras! Ademais, aquele que fala em línguas é edificado a si mesmo, e não ao outro!
Em nono lugar, se o dom de línguas é sempre em línguas terrenas para eu anunciar o evangelho para pessoas que não conhecem a minha língua, então eu estaria falando com as pessoas, anunciando o Evangelho para essas pessoas. Isso, contudo, entraria em total choque com 1Coríntios 14:2, que diz:
“Porque o que fala em línguas estranhas NÃO FALA AOS HOMENS, mas a Deus”
Esse versículo seria totalmente anti-lógico e sem sentido, uma vez que se as línguas fossem terrenas para pregar aos homens então eu estaria falando com as pessoas...
E em décimo lugar, e provavelmente a prova mais forte contra esse argumento dos “céticos”, está no fato de que o falar em línguas é uma linguagem de oração:
”Porque, se eu orar em língua desconhecida, o Espírito de fato ora, mas o meu entendimento fica sem fruto.” (1Co.14:14)
“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” (1Co.14:15)
“Se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto... Orarei com o espírito.." (1Co.14:14,15)
"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica pelo Espírito;..." (Ef. 6:18)
Ora, há muitas coisas que o homem não sabe fazer; uma delas é orar, de fato Paulo diz que "não sabemos o que havemos de pedir como convém" (Rm.8:26). Qual é a razão pela qual Paulo fez esta afirmação? A razão é esta: nós, como seres humanos, quando oramos, não conseguimos com as nossas palavras exprimirmo-nos de maneira adequada, de fato muitas vezes queremos dizer tantas coisas a Deus que sentimos interiormente de lhe pedir por nós, mas por causa da nossa fraqueza (recordai-vos que nós habitamos num corpo fraco) não conseguimos, porque não sabemos como dizer-lhe. Esta é a razão pela qual muitas vezes dizemos a Deus em oração: ‘Senhor, eu não sei como te dizê-lo!’. Além disso, nós não sabemos quais são as coisas de que têm urgente necessidade, em um determinado tempo e lugar, os irmãos que não conhecemos.
Mas Deus, conhecedor dos limites do nosso corpo e da nossa mente, (isto é das nossas fraquezas), enviou o Espírito Santo para socorrer a esta fraqueza humana. Mas de que maneira o Espírito supre a esta falta de conhecimento e de expressões apropriadas e satisfatórias? Intercedendo Ele mesmo pela boca daqueles que foram batizados com o Espírito Santo, de fato quando um crente cheio do Espírito fala em outra língua, o Espírito Santo não está fazendo mais que orar por ele e pelos santos, pedindo a Deus para fazer coisas que tanto ele como outros crentes têm necessidade. O Espírito ora a Deus para suprir tanto as nossas necessidades espirituais como as materiais; Ele conhece todas as coisas (portanto também todas as necessidades de qualquer um dos santos que estão sobre a terra), e sabe orar como convém. Somos nós que não sabemos todas as coisas e não sabemos sequer como nos exprimir com Deus porque nos faltam as palavras, mas o Espírito tendo um conhecimento ilimitado e não tendo de modo nenhum falta de palavras, pode orar como convém por todos os santos. Oh, quão maravilhosos são os caminhos de Deus!
Os “céticos” que dizem que as línguas são só terrenas negam que o falar em línguas seja uma oração, até porque isto não teria o menor sentido na lógica deles (já que o falar em línguas só serviria para anunciar o evangelho aos descrentes que não conhecem a língua). Muito menos reconhecem que, enquanto falamos em línguas, o Espírito Santo ora por nós naquele momento junto ao Pai.Isso é um absurdo para aqueles que são contra isso! Mas a Bíblia é muito clara, e não resta “dupla interpretação”, que o falar em línguas é a linguagem sobrenatural da oração. Isso é o que Satanás mais quer impedir, pois sabe que se todos falassem em línguas, e o Espírito Santo intercedesse por todos, seria a sua ruína! Satanás inventa doutrinas aproveitando-se de passagens isoladas, sem contextualização nenhuma, a fim de tentar rebaixar ou negar esse dom que vem de Deus.
Conclusão: Falar que o dom de línguas é sempre em línguas terrenas para anunciar o evangelho para os descrentes em língua humana, é um ultraje bíblico à luz de muitas evidências. O dom de línguas serve para a edificação pessoal do crente em Jesus Cristo, enquanto o Espírito Santo ora a Deus. Certamente que existem também ocasiões como as de Atos 2, na qual Deus faz com que a pessoa fale em uma língua terrena, para que o outro a entenda. Existem relatos de casos assim também. Mas disso para dizer que o único tipo de língua é terrena, e apenas para pregar o evangelho e edificar o próximo, é um tiro na teologia! Aqui, expus 10 provas claras de que o falar em línguas é em uma língua celestial, para a edificação de si mesmo, enquanto o Espírito ora a Deus. Qualquer pessoa de mente aberta para a verdade concluirá que o dom de língua estranha é em uma língua celestial.
PAULO, AO ESCREVER AOS CORINTOS, ERA CONTRA A MANIFESTAÇÃO DESSE DOM? QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO FALAR EM LÍNGUAS?
É óbvio que Paulo não poderia ser contra a manifestação do dom de línguas, uma vez que ele mesmo falava mais do que todos os Corintos: “Dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós.” (1Co.14.18). Caso não houvesse proveito algum nas línguas, será que Paulo agradeceria a Deus por isso? Você acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todos os coríntios? E olhe que os corintos falavam mesmo em línguas! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou até mesmo a transformar-se em abuso, que foi um dos motivos que fez com que o apóstolo escrevesse corrigindo-lhes. O mesmo Paulo também escreveu:”Eu quero que todos vocês falem em línguas estranhas” (1Co.14:5).
Logo, Paulo não poderia ser contra isso, uma vez que ele incentiva os Corintos a falarem em línguas e ele mesmo diz ser o que mais fala! Mas muitas pessoas conseguem arrumar passagens isoladas, totalmente fora do contexto, a fim de dizer que o dom de línguas “não serve pra nada”. O que acontece é que na Igreja a manifestação das línguas era restrita, pelo fato de que a Igreja é um local de edificação coletiva, e o dom de línguas é de edificação pessoal. O dom de línguas não ajuda em nada coletivamente, a não ser que tenha um intérprete para a edificação da Igreja como um todo. É por isso que Paulo escreve:
“E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.” (1Co.14:5)
“Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.” (1Co.14:19)
Perceba que a restrição ao falar em línguas está relacionada ao seu uso dentro da Igreja. Isso porque, como eu já disse, a Igreja é um local de edificação coletiva, e não individual. Para que a Igreja receba edificação, ou o que fala em línguas tem um intérprete (para que o outro entenda o que ela diz e seja assim e seja edificado), ou que fique calado!
Jamais Paulo estaria restringindo a manifestação do dom de línguas, somente dentro da Igreja. Nos lares, em casa, quando você está sozinho, ou em qualquer outro lugar, você pode falar o quanto quiser em línguas, isso porque o dom de línguas é para a edificação pessoal, como está escrito:
“O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo...” (1Co. 14.4.)
Paulo se orgulha de falar mais em línguas do que todos os Corintos, e até os incentiva ao uso do dom de línguas! (1Co.14:5). Como a Igreja é um local de edificação coletiva, qualquer pessoa que falar em línguas estaria como que “falando ao ar” (1Co.14:9), pois “ninguém entenderia o que estivesse falando” (1Co.14:11). Pois quando você ora em línguas, você não entende o que você diz, mas o Espírito Santo é que intercede por você. É por isso que está escrito em 1Coríntios 14:14:
"Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem , mas o meu entendimento fica sem fruto”
Temos que tomar muito cuidado com aqueles que tomam um ou outro versículo isolado, sem contextualização nenhuma, para tentar proferir alguma palavra contra um dom de Deus. O dom de profecia é superior ao dom de línguas, o que não significa que o dom de línguas não sirva para nada, pois Deus não nos dá dom nenhum à toa. Todo dom que Deus nos dá serve para proveito nosso e edificação. Coisa alguma que Deus nos dá é sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem nos oferecido é em vão; tudo tem proveito e utilidade. Em sua grandiosa graça, ele nos concede suas dádivas com a finalidade de extrairmos os benefícios. O falar em línguas não é coisa sem importância. Ele foi dado para o nosso bem, para a nossa edificação. Nesta prática há benefícios que transformam nossas vidas.
“Dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós.” (1Co.14.18)
Note que ele não disse que falava em línguas mais do que eles no sentido de diversidade, mas a ênfase recai no valor da prática, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E por que agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em línguas? Está implícito que Paulo descobrira “uma mina de ouro”, uma fonte de poder e edificação! Como ele mesmo afirmou: “O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo...” (1Co.14.4)
O falar em línguas é um instrumento de edificação. Edificar é construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual edificação significa crescimento; fala de construir algo mais sobre o alicerce da fé em Jesus. O falar em línguas acrescenta em nós, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar em Deus.
Essa é a verdade:
”Eu quero que todos vocês falem em línguas estranhas” (1Co.14:5)
“Eu agradeço a Deus porque falo em línguas mais do que todos vós” (1Co.14:18)
“Assim, irmãos, procurem sempre anunciar a mensagem de Deus, mas não proíbam que se fale em línguas estranhas” (1Co.14:39)
“Portanto, o dom de falar em línguas estranhas é um sinal de Deus para os incrédulos, e não para os cristãos.” (1Co.14:22)
“Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas” (Mc.16:17)
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli.
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