A BÍBLIA E A VIDA PÓS-MORTE

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Neste artigo irei comentar alguns de vários versículos que provam que antes da ressurreição não existe vida, seja no Céu ou no Inferno. Seguem-se abaixo os versículos e os comentários:

 

Texto Bíblico:

 

Atos 2
34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita.

 

COMENTÁRIO: O texto diz claramente que Davi ainda não havia subido aos Céus. Ora, aonde foi parar Davi, então? Ele morreu e foi para o inferno? Não, pois a Bíblia diz que ele era um homem justo e correto diante de Deus. Ele está MORTO, e aguarda a RESSURREIÇÃO dentre os MORTOS, que se dará apenas no último dia, o dia da volta de Cristo (Jo.6:39;Jo.6:40; 1Co.15:21,22). Interessante também que o mesmo texto de Atos que diz que Davi não subiu aos céus faz um paralelo entre Davi e Cristo, dizendo que este último não está morto que nem Davi, mas vivo, e já subiu aos céus (At.1:3; At.2:33,34), enquanto Davi, em paralelo, o texto diz que: “Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado e o seu túmulo permanece entre nós até hoje”(At.2:29). O sentido desta analogia é claro: Davi está morto, mas Jesus está vivo.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Tessalonicenses 4

13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.

14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia,os que dormem.

15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 

 

COMENTÁRIO: Ora, se os mortos já estivessem com Cristo então nós, os que fomos arrebatados, precederíamos os que dormem. Paulo, contudo, não querendo confundir os Tessalonicenses, além de não falar nada de que eles já estivessem na glória, além de não falar nada de religação de corpo e alma por ocasião da ressurreição, além de consolar os tessalonicenses voltando-se exclusivamente no “fator ressurreição” (o que se fosse apenas um corpo morto ressuscitando não faria sentido já que as nossas almas já estariam no Céu, sendo consoladas), ele ainda diz que “não precederemos os que dormem”!

 

Uma vez, debatendo com um imortalista, ele me trouxe a “fantástica” explicação desta passagem, dizendo que os vivos e os mortos serão arrebatados ao mesmo tempo, e seria isso o que significaria o “não precederemos que dormem”. Isso simplesmente é impossível pelo simples fato de que não haverá “arrebatamento de mortos” (do mesmo jeito que não haverá “ressurreição de vivos”)! O que Paulo estava dizendo é que, pelo soar da última trombeta, nós (os vivos) seremos arrebatados para entrarmos na glória ao mesmo passo dos mortos. Por isso, nós “não precederemos os que dormem”!

 

Interessante também é que o contexto da passagem deixa claro que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (v.16). Depois é que nós [os vivos] seremos arrebatados para juntamente deles nas nuvens (v.17). Fica claro então que é na entrada no Paraíso que nós, realmente, não precederemos os que dormem. Nós não entraremos no Céu depois deles, mas sim ao mesmo instante, quando seremos arrebatados encontrando-se com aqueles que foram ressuscitados, entrando nas portas do Céu no mesmo instante dos vivos.

 

Se as almas dos santos adormecidos já estivessem desfrutando comunhão com Cristo no céu e devessem descer com Cristo para a terra quando de Seu Segundo Advento, então obviamente teriam uma indiscutível prioridade sobre os santos vivos. O fato, porém, é que “nós os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem” (1 Tes. 4:15).

 

E que “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com ele entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”  (1 Tes. 4:16-17).  A verdade é que tanto os crentes vivos quanto os adormecidos estão aguardando sua tão ansiada união com o Salvador, união essa que ambos os grupos experimentarão ao mesmo tempo, no dia da vinda de Cristo. De modo algum precederemos os que dormem.

 

 

Texto Bíblico:

 

João 14
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar,
voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou.

 

COMENTÁRIO: Não há espaços para duplas interpretações. O texto é claro quanto a quando iremos para junto de Cristo. Não é quando nós morrermos, mas quando ELE VOLTAR. Isso entra em total acordo com o que a Bíblia ensina sobre quando seremos ressuscitados dentre os mortos e vivificados, que será exatamente nesta segunda vinda: “Pois da mesma forma como em Adão todos morreram, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.” (1Co.15:22,23). Ora, se Cristo ensinasse a imortalidade da alma iria dizer que os lugares estariam disponíveis aos salvos conforme fossem morrendo e suas almas chegassem no céu para assumi-las.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Coríntios 15
51
Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,

52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

54 Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.

 

COMENTÁRIO: Este é o glorioso momento em que a morte é vencida e que a natureza humana é revestida de uma imortalidade: O momento da Ressurreição dentre os Mortos, quando a morte será vencida, não por uma alma imortal que vence a morte por ocasião do falecimento, mas sim em função da ressurreição dos mortos. Também é notável que tal vitória e ocasião em que a natureza humana mortal se transformará em uma natureza imortal, para os justos, se darão não quando cada um morresse indo para o Céu, mas sim no soar da última trombeta.

 

A transformação derradeira da natureza humana se realizará no glorioso dia da Vinda de Cristo “quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade” (1 Cor. 15:54). A mortalidade humana que deve revestir-se da imortalidade (1 Cor. 15:53) por ocasião de sua ressurreição. Essa referência nega a noção de uma imortalidade natural da alma, porque declara que a imortalidade é algo de que os santos ressuscitados se “revestirão”. Não é algo de que já sejam possuidores.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Coríntios 15

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?

13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou.

14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;

15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.

16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.

17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.

19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.

20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

 

COMENTÁRIO: No capítulo em que Paulo trata da ressurreição, ele deixa claro que se a ressurreição não fosse um fato, então “os que dormiram em Cristo já pereceram” (v.18), sendo que a palavra usada por Paulo foi apolonto, uma variante de apollumi, que designa “destruir completamente”, de acordo com a Concordância de Strong, sendo “perecer” o sentido correto na aplicação desta passagem.

 

Como assinala o Dr. Samuelle Bacchiocchi, “Paulo dificilmente teria podido dizer que os santos adormecidos teriam perecido sem a garantia da ressurreição de Cristo se cresse que suas almas eram imortais e já estavam a desfrutar das bênçãos paradisíacas. Se Paulo cresse assim, ele provavelmente teria dito que sem a ressurreição de Cristo as almas dos santos adormecidos permaneceriam desincorporadas por toda a eternidade. Todavia, Paulo não faz tal alusão quanto a essa possibilidade”. Paulo diz que se não fosse pelo fato da ressurreição, confirmada e garantida pelo próprio apóstolo, a pregação do evangelho fora “vã”, uma vez que os mortos em Cristo não estariam desfrutando a vida, e sim mortos no pó da terra.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Coríntios 15

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?

13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou.

14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;

15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.

16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.

17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.

19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.

20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

 

COMENTÁRIO: Na seqüência, logo no verso seguinte, o apóstolo acentua que a nossa esperança se limitaria apenas a esta vida caso a alegação absurda dos Coríntios no cap.15, de que a ressurreição não existe, fosse verdadeira. A esperança se limitaria apenas a esta presente vida pelo fato de que não existe uma “alma imortal” que sobe para o Céu aguardando ansiosamente a hora de se religar com o seu corpo morto. A ressurreição é para a pessoa integral. Por isso, se ela não existe, a nossa esperança seria de vida apenas nesta vida.

 

Morreríamos e acabaria tudo porque não existiria a ressurreição na volta de Cristo. Alguns versos a seguir, Paulo continua dizendo: Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?(1Co.15:30) – Novamente, o apóstolo acentua a dura realidade que, não fosse pela ressurreição do último dia, só existiria essa presente vida (e não uma vida póstuma em forma de “espírito descorpóreo”!). Por isso, se a ressurreição dos mortos não existe, então Paulo se queixa do por que dele estar em perigo a toda a hora. A lógica é simples: Isso não teria motivo algum caso não houvesse a ressurreição, porque não existiria uma vida após a morte. Por isso, Paulo estaria correndo perigo a toa em nome do Evangelho.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Coríntios 15

32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, então comamos e bebamos, que amanhã morreremos.

 

COMENTÁRIO: A lógica permanece a mesma: Se os mortos não ressuscitam (e essa ressurreição é somente na segunda vinda de Cristo – 1Co.15:22,23; 1Ts.4:13-15), então Paulo lutou com feras em Éfeso a toa. Ponderamos: Seria a toa caso Paulo estivesse em uma vida póstuma no Paraíso do mesmo jeito, só que sem corpo? É claro que não! Nisso fica claro que não existiria uma vida póstuma.

 

Seria “morreu e acabou”. Por isso mesmo, a dica de Paulo caso não existisse a ressurreição seria passar a vida hedonisticamente, “comendo e bebendo, para que amanhã morramos” (v.32). Tudo isso faz com que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso abandone completamente a mentira de Satanás da imortalidade da alma. Felizmente, Paulo apresenta sim notícias de boas novas, mas obviamente não é a da religação da alma com o corpo, mas do glorioso dia em que assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” (v.22,23)

 

 

Texto Bíblico:

 

2 Timóteo 4

6 Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

 

COMENTÁRIO: Essa é uma refutação de peso para aqueles que acreditam que, morrendo, vamos imediatamente ao Céu antes da ressurreição que se dará com a segunda vinda de Cristo (1Co.15:22,23). Paulo, já próximo da morte, declara que ele só receberá a coroa da justiça “NAQUELE DIA”. Esse dia é o da segunda vinda de Cristo (1Co.15:23), confirmado também no final da própria passagem: “mas também a todos os que amarem a SUA VINDA”. Até aquele dia, a coroa dele está “GUARDADA” (v.8). Ele não vai para o Céu antes da ressurreição. É só neste momento receberemos a coroa da justiça, a qual Deus nos GUARDA até aquele dia (o dia da segunda vinda de Cristo).

 

 

Texto Bíblico:

 

Hebreus 11

39 Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa,

40 por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.

 

COMENTÁRIO: O contexto deixa claro que a “concretização da promessa” é a entrada no Paraíso, na cidade celestial (Hb.11:10; Hb.11:16; Hb.11:26), e todos esses “heróis da fé” dos quais o autor de Hebreus trata no capítulo 11, NÃO OBTIVERAM AINDA. Eles ESPERAM superior ressurreição, como é dito no verso 35: “Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição”.

 

O verso 39 deixa claro que eles NÃO OBTIVERAM A CONCRETIZAÇÃO DA PROMESSA (de entrar no Paraíso – 11:16), e o verso seguinte explica o por quê deles não terem ainda entrado nos Céus, “por haver Deus provido coisa superior a nossa respeito”, e “PARA QUE ELES, SEM NÓS, NÃO FOSSEM APERFEIÇOADOS”. Eles só entrarão na Jerusalém celestial quando nós (que estamos vivos) formos junto com eles, eles não entram ANTES de nós! Eles, sem nós, não são aperfeiçoados, e não obtêm a concretização da promessa. Isso também está de total acordo com o ensinamento de Paulo em 1 Tessalonicenses 4:13-18:

 

“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que dormiram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.

 

De modo algum PRECEDEREMOS os que dormem!!! Os que morreram NÃO obtém a concretização da promessa após a morte, por Deus haver provido coisa superior a NOSSO respeito, para que eles, SEM NÓS, não fossem aperfeiçoados! Pois “de modo algum precederemos os que dormem” (1Ts.4:15)!!! É digno de nota que esses heróis todos “não obtiveram a concretização da promessa, por haver Deus provido cousa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Não fica por demais claro nessas palavras que tal concretização de promessas se dará “naquele dia”, como disse Paulo, quando esperava herdar “a coroa da justiça que me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a Mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2Tm.4:7, 8)?

 

 

Texto Bíblico:

 

João 11
17 Chegando pois Jesus, encontrou-o já com quatro dias de sepultura.
18 Ora, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios.
19 E muitos dos judeus tinham vindo visitar Marta e Maria, para as consolar acerca de seu irmão.
20 Marta, pois, ao saber que Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa.
21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se (estivesses aqui) meu irmão não teria morrido.
22 E mesmo agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
23 Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir.
24 Disse-lhe Marta: Sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.
25 Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
26 e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?
27 Respondeu-lhe Marta: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. 

 

COMENTÁRIO: Por que Jesus, quando confortava as irmãs do falecido Lázaro, além de empregar a metáfora do sono - Nosso amigo Lázaro está dormindo. - não lhes indicou que o falecido estava na glória celestial, mas referiu-lhes a esperança da ressurreição (João 11:17-27)? E para onde Lázaro foi, já que ao morrermos vamos para o Céu ou para o Inferno antes mesmo da ressurreição na segunda vinda? Para o inferno? Dificilmente, pois a Bíblia o retrata como um homem justo.

 

E, mesmo que assim o fosse, se ele foi para o inferno, Jesus deu uma outra oportunidade para ser salvo, livrando do inferno, sendo antibíblico. E caso tenha ido para o Céu, ele cometeu uma maldade, restaurando o coitado do Lázaro que estava juntinho de Deus desfrutando das glórias celestiais e da coroa da vida eterna de volta para este mundo que jaz no maligno. Lázaro com certeza teria fica revoltadíssimo...! Veja também que Jesus disse: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (verso 25); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”.

 

Ao contrário, Ele declarou que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29. E, por fim, um último detalhe, encontrado no verso 26: “e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?”. Obviamente que Cristo não estava falando da morte para este mundo, pois todos – justos e ímpios – morrem para este mundo. Ele estava falando da vida futura, após a ressurreição. Somente aquele que CRÊ NELE jamais morrerá. A imortalidade da alma é uma doutrina totalmente estranha a luz das Escrituras Sagradas.

 

 

Textos Bíblicos:

 

Salmos 6:
5Pois no Seol não és lembrado, e lá ninguém pode te louvar.

Isaías 38:
18No Seol, ninguém te agradece, ninguém louva o teu nome, os que estão ali não confiam na tua fidelidade.
19São os vivos, e somente os vivos, que te louvam, como eu te louvo agora.

 

Salmos 115:
16 Os céus pertencem somente ao Senhor, mas a terra ele deu aos seres humanos.
17 Os mortos, que descem à terra do silêncio, não louvam a Deus, o Senhor.

18 Mas nós, que estamos vivos, daremos graças ao Senhor agora e para sempre. Aleluia!

 

COMENTÁRIO: Fica mais do que claro que os mortos não louvam a Deus. Seja no Céu, seja no Seol, ou para onde os justos forem, eles estariam completamente dispostos a louvar a Deus e agradecer pela Sua libertação e vida. Mas isso não é que lemos nestes textos. Agora eu fico imaginando aqui alguém chegando no Céu imediatamente após a morte e se deparar com a seguinte placa: “ATENÇÃO, ATENÇÃO! NESTE LUGAR É PROIBIDO LOUVAR AO SENHOR!”...

 

 

Textos Bíblicos:

 

Eclesiastes 9

Quem está entre os vivos tem alguma esperança; até um cachorro vivo é melhor do que um leão morto.

 

Eclesiastes 9

Pois os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem de coisa nenhuma, nem tampouco tem eles recompensa, e a sua memória jaz no esquecimento.

Também o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram, nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol.

 

Eclesiastes 9

10 O que as suas mãos tiverem que fazer, que o faça com toda a sua força, pois no além, para onde vais, não há atividade alguma e nem planejamento, não há conhecimento e nem sabedoria.

 

COMENTÁRIO: Em outra oportunidade Salomão equivale a morte dos homens com a dos animais: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó” (Ec.3:19). Por muito tempo muito esforço tem sido feito para tentar negar a evidência de Eclesiastes.

 

O argumento mais usado é que eles não tinham conhecimento sobre o futuro e, portanto, acabavam falando coisas como essas. Na realidade, isso nada mais é do que dizer que Salomão (ao escrever o livro de Eclesiastes) e todos os outros autores do AT estavam todos ERRADOS – e erravam inspirados pelo Espírito Santo...! Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm.3:16). TODA Escritura. O AT não é exceção a isso.

 

O homem mais sábio do mundo e ainda escrevendo inspirado pelo Espírito Santo não estava escrevendo enganos! A única diferença entre os escritores do Antigo e do Novo Testamento é que no Novo o foco é maior na ressurreição dos mortos para a vida eterna, enquanto no AT o foco é maior no estado imediato pós-morte, uma vez que eles não conheciam Jesus para saberem que são ressuscitados com a Sua Volta, mas eles sabiam muito bem que no final seriam ressuscitados e recompensados para terem a vida eterna, herdando a Terra (Jó 19:25-27; Sl.58:9-11; Sl.37:22; Sl.37:9).

 

Os autores do AT não estavam inspiradamente errados e nem enganando o povo do século 21, a única coisa que mudava era o foco, concentrado no estado dos mortos imediatamente após a morte: de inconsciência. Os mortos não louvam a Deus (Is.38:19), não sabem o que se passa na Terra (Ec.9:5), vale menos do que um cachorro vivo (Ec.9:4), sua memória jaz no esquecimento (Ec.9:5), não confiam na fidelidade de Deus (Is.38:18), não falam da sua fidelidade (Sl.88:12), estão numa terra de silêncio (Sl.115:17), e não podem ser alvos de confiança (Sl.146:3).

 

 

Texto Bíblico:

 

Salmos 146

4 Quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia perecem os seus pensamentos.

 

COMENTÁRIO: Os mortos não pensam. O que mais eu preciso fazer para derrubar a imortalidade da alma???

 

 

Textos Bíblicos:

 

Salmos 115:
17 Os mortos, que descem à terra do silêncio, não louvam a Deus, o Senhor.


Salmos 94
17 Se o SENHOR não fora em meu auxílio, já a minha alma habitaria no lugar do
silêncio.

 

COMENTÁRIO: Na mitologia pagã grega, o lugar para onde os mortos vão (Hades) é um lugar cheio de gritaria, com criaturas queimando para todo o sempre, em um lugar que fica no centro da Terra. Um verdadeiro “inferno”! Já BIBLICAMENTE, o Hades não é um lugar de pessoas gritando e queimando (como pregam os imortalistas defendendo que o Hades é o próprio Inferno atual, seguindo a mitologia pagã), biblicamente o Hades é uma figura de linguagem para retratar um lugar: a sepultura. E é exatamente este o significado literal de Seol (correspondente hebraico para “Hades” em grego). É por isso que ele é um lugar de SILÊNCIO, e não de gritaria do inferno!!!

 

O Hades não é, e nem nunca foi, o inferno, ou qualquer tipo de castigo ou tormento, no estilo da mitologia grega. Paulo nem empregou o termo “Hades” em seus escritos para não confundir o pessoal com o significado deturpado de Hades pela mitologia grega de sua época, como um lugar de fogo e tormento. A Bíblia diz que José iria descer ao Seol para ter que sepultar seu filho Benjamim: “E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado, e disse: Na verdade, com choro hei de descer para meu filho até o Seol. Assim o chorou seu pai”. Fica mais do que óbvio que, biblicamente, o Hades (Seol) não é um lugar onde o Caim está queimando há seis mil anos como na mitologia pagã, mas nada mais é do que uma figura de linguagem bíblica da sepultura, o único lugar para onde os mortos vão imediatamente após a morte. Agora só falta inventarem um outro lugar para colocarem o Inferno. 

 

 

Texto Bíblico:

 

Efésios 5

14 Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.

 

COMENTÁRIO: Para que “DESPERTAR” alguém que já está lá no Céu e já está bem viva e consciente? Isso não existe! Alguém que já está no Céu não precisa ser “DESPERTADO” para continuar no Céu...! É evidente que as pessoas enquanto mortas aguardam a ressurreição dentre os mortos, da qual eles irão DESPERTAR da sua inconsciência para entrar na vida eterna: Não vos maravilheis disto; porque vêm a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida”(João 5:28-30).

 

Além disso, eles estão todos nos SEPULCROS, e não no Céu, no Inferno, no Hades, no Seol, ou seja lá em que compartimento que for...! E por que Cristo disse “NOS SEPULCROS”, e não no Céu ou no Inferno? Porque a pessoa como morta permanece morta até a ressurreição. Nada mais convencional do que usar o SEPULCRO para retratar o lugar aonde eles estão. Uma pessoa viva e consciente não precisa ser DESPERTADA!!! É algo como chegar para uma pessoa no meio da rua que está andando normal e gritar no ouvido dela: “ACORDA!!!” Ela vai achar que você é um retardado ou coisa do tipo...! Ninguém que já está no Céu precisa ser “DESPERTADO” para continuar no Céu.

 

 

Textos Bíblicos:

 

1 Coríntios 15

51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos.

 

1 Tessalonicenses 4

13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.

 

1 Tessalonicenses 4

14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.

 

1 Tessalonicenses 4

15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.

 

1 Coríntios 11

30 Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.

1 Coríntios 15

6 Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.

 

1 Coríntios 15

18E também os que dormiram em Cristo estariam perdidos.

 

Lucas 8

52E todos choravam, e a pranteavam; e Ele disse: Não choreis; não está morta, mas dorme.

 

COMENTÁRIO: O “sono” é usado em mais de setenta passagens bíblicas como uma metáfora para ilustrar o estado dos mortos. É uma prova tão clara, que muitos tem se levantado contra isso com diferentes “contra-argumentos”. Um deles é que é apenas uma figura de linguagem. Esquecem, contudo, que o “dormir” é realmente uma figura de linguagem, pois os mortos não estão literalmente “dormindo”, o dormir realmente é uma figura de linguagem empregada para mostrar o estado dos mortos. A morte é o tempo todo classificada como um “sono”, um sono profundo daqueles que aguardam a ressurreição na sepultura.

 

O estranho mesmo seria usar o “dormir” como figura de linguagem para pessoas que estão bem vivas, dispostas e conscientes após a morte, que já estão com Deus ou que estão gritando no inferno, ou que estão intercedendo por nós, coisas que não fazem o menor sentido com a figura de linguagem empregada pelos autores bíblicos para retratar o estado dos mortos: SONO. Dizer também que o “dormir” vale apenas para o corpo é mais uma apelação sem sentido. O “dormir” é em relação ao INDIVÍDUO em si como um todo, e não tão-somente ao corpo dele! “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem...” (1Ts.4:13).

 

O que dorme são as pessoas, o INDIVÍDUO é que dorme, e não algo do tipo: “com respeito aos que cujos corpos dormem... mas já estão lá no Céu”... isso não faz o menor sentido com relação a passagem! “Com respeito aos que dormem” é “com respeito as PESSOAS que dormem”, e não: “com respeito aos que cujos os corpos dormem”! No livro de Daniel, o próprio Deus chega para ele e diz:“Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias” (Dn.12:13). Deus estava dizendo com o INDIVÍDUO Daniel ou só com o corpo dele???

 

“Tu, porém” é uma referência ao próprio Daniel como pessoa, e não somente ao corpo dele! “...porque descansarás” quem descansarás? O INDIVÍDUO Daniel ou só o corpo dele? Não seria melhor então Deus corrigir a sua frase para não confundir ou enganar o Daniel e dizer: “porque o teu CORPO descansarás”... como sonham os imortalistas??? Deus não mentiu para Daniel e nem enganou-o. Ele prometeu que Daniel só se levantará no TEMPO DO FIM, no fim dos dias, e só depois disso receberá a sua herança. A herança não é recebida antes, no momento após a morte, e enquanto isso Daniel “dorme”!

 

 

Texto Bíblico:

 

Jó 19
25 Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que
por fim se levantará sobre a terra.
26 E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne
verei a Deus, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão;
27 e por isso os meus rins se consomem no meu interior.

 

COMENTÁRIO: Até mesmo Jó, há dois mil anos a.C, já sabia que só iria ver a Deus quando POR FIM o Redentor (figura de Cristo) se levantasse sobre a Terra, e não antes disso! Jó também é o mesmo que diz: “Mas, morto o homem, e, consumido; sim rendendo o homem o espírito, então onde está? Como as águas se evaporam de um lago, e o rio se esgota e seca; até que não haja mais céus, não acordará nem despertará de seu sono” (Jó 14:10-12). E como se isso não fosse suficientemente claro, Jó continua a dizer: “Morrendo o homem tornará a viver? Todos os dias da minha lida esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia...” (Jó 14:14, 15). Jó definitivamente não era um “fanático” da imortalidade da alma.

 

 

Texto Bíblico:

 

1Tessalonicenses 4
18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

COMENTÁRIO: Paulo responde a várias perguntas dos Tessalonicenses que foram feitas a ele sobre a vida pós-morte, e Paulo lhes dá uma palavra de conforto, a qual ele diz para consolar-vos uns aos outros com essas palavras. Mas qual foi essa “consolação”? A consolação de que os que morreram já estão todos no Céu e desfrutando da glória ou a esperança de que um dia todos os mortos iriam ressuscitar? O contexto todo aponta para a segunda alternativa: Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aosque dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os quedormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.”(1Ts.4:13-15).

 

O contexto é totalmente voltado para a esperança da ressurreição dentre os mortos. A pergunta que incomoda os imortalistas é: Por que razão Paulo não consolou os tessalonicenses dizendo que os mortos já estavam no Céu, mas em momento nenhum disse isso e trouxe como única esperança de “consolo” a ressurreição dentre os mortos? Por que razão Paulo iria ocultar uma verdade tão fundamental e importante que iria “matar a charada” de uma vez? Por que Paulo não fez isso também em nenhuma de todas as suas outras epístolas? Se os mortos já estão com Cristo, o que custava Paulo ter consolado os tessalonicenses com ESSA palavra, e não frisar apenas na RESSURREIÇÃO?

 

 

Texto Bíblico:

 

Ezequiel 18

4 A alma que pecar, essa morrerá.

COMENTÁRIO: A Bíblia relata a morte da alma tantas inúmeras vezes que ninguém pode duvidar do caráter da morte da alma. Ela não sobrevive a parte do corpo, mas pelo contrário, morre com ele, pelo que não existe “alma vivente” sem o corpo com o fôlego de vida. Quando o fôlego de vida [espírito] é retirado, nós que somos almas viventes nos tornamos almas mortas. É por isso que a Bíblia fala tão freqüentemente na morte da alma também. No Antigo Testamento, os escritores bíblicos quase cansaram de falar que a alma morre.

 

No texto original hebraico, a alma morria, era transpassada, podia ser morta, morria para esta vida e morria para a próxima, a alma morria toda hora. Josué conseguiu o “feito” de exterminar muitas almas... (ver Josué 10:28 no original hebraico: “Ve'eth-maqqêdhâh lâkhadh yehoshua` bayyom hahu' vayyakkehâlephiy-cherebh ve'eth-malkâh hecherim 'othâm ve'eth-kâl-han nephesh 'asher-bâh lo' hish'iyr sâriydh vayya`as lemelekh maqqêdhâh ka'asher `âsâhlemelekh yeriycho”. A tradução literal ficaria assim: “Naquele dia tomou Maquedá. Atacou a cidade e matou o seu rei à espada e exterminou toda a alma que nela vivia, sem deixar sobreviventes. E fez com o rei de Maquedá o que tinha feito com o rei de Jericó”).

 

E não foi só essa vez que Josué conseguiu o feito extraordinário de matar não só o corpo, mas a alma também: Em Josué 10:30, 31, 34, 36 e 38 a alma costumava morrer sempre. No original hebraico, Josué “matou a espada todas as almas” (Js.10:30), e “exterminou toda a alma” (Js.10:28). Definitivamente, se existia uma imortalidade da alma, então Josué deveria ganhar uma medalha de honra ao mérito por tais feitos. Se alguém “matava uma alma acidentalmente”, podia fugir para uma cidade de refúgio (Jo.20:3). Era possível aniquilar uma alma sem intenção (Jo.20:9).

 

Em Deuteronômio 11:9, lemos que “havendo alguém que aborrece o seu próximo, e lhe arma ciladas, e se levanta contra ele, e o fere de golpe mortal, e se acolhe a uma destas cidades...” A frase “o fere de golpe mortal” no hebraico reza “fere a alma-nephesh mortalmente”. A alma podia ser ferida, morta, exterminada, aniquilada e transpassada. A alma morria tantas vezes, que uma referência completa a todas as passagens nos faria superar os limites de escopo deste artigo. É claro que a maioria das Bíblias a nossa disposição simplesmente não traduz a palavra “alma” como colocada no original hebraico [nephesh] pelo simples fato de que isso seria uma afronta a teoria imortalista de que é só o corpo que morre e a alma não.

 

Em Deuteronômio 19:11, a tradução em português assim reza: “Mas, se alguém odiar o seu próximo, ficar à espreita dele, atacá-lo e matá-lo, e fugir para uma dessas cidades”. Contudo, o original hebraico traz novamente a morte da alma: “Vekhiy-yihyeh 'iysh sonê'lerê`êhu ve'ârabh lo veqâm `âlâyv vehikkâhu nephesh vâmêth venâs'el-'achath he`âriym hâ'êl”. O fato bíblico é que a alma que pecar, essa morrerá (Ez.18:4; Ez.18:21).

 

Os autores bíblicos usavam e abusavam da morte da alma. No Novo Testamento, também lemos que a alma pode ser destruída (Mt.10:28), morta (Tg.5:20) e exterminada (At.3:23). A alma não é e nem nunca foi imortal. Isso explica porque em mais de 3000 citações a “alma”, em NENHUMA delas é seguida de um “eterno” ou “imortal”. Isso não existe na Bíblia, que apesar disso insiste tantas vezes na morte da alma (Números 31:19; 35:15,30; Josué 20:3, 9; Josué 20:3,28; Gênesis 37:21; Deuteronômio 19:6, 11; Jeremias 40:14, 15; Juízes 16:30; Números 23:10; Ezequiel.18:4,21; Juízes 16:30; Números 23:10; Ezequiel 22:25, 27; Jó 11:20; Atos 3:23; Tiago 5:20, etc...).

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Timóteo 6

16 Aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!

 

COMENTÁRIO: A declaração conclusiva que faz o apóstolo Paulo confirma com tudo aquilo que já vimos até aqui: Deus é o único Ser que possui a imortalidade. Ponderamos: Se todos nós tivéssemos presos dentro de si uma “alma imortal”, herdando imortalidade, tanto a justos quanto a ímpios, Paulo iria dizer que apenas Deus que possui imortalidade? Absolutamente que não. Nisso fica claro que nós, seres humanos, não possuímos imortalidade. Deus é o único. Ele só possui a imortalidade. Imortalidade é exatamente aquilo que “não tem fim”.

 

Por que Paulo afirma que Deus é o único que não tem fim? A Bíblia não diz claramente que aos justos será lhes dado a vida eterna, como objetam os dualistas? Com certeza, mas Deus é o único que possui imortalidade incondicional. Os seres humanos, por não terem em si mesmos nada que garanta a imortalidade, são meros seres mortais, com a possibilidade de tornarem-se imortais “por meio do evangelho” (2Tm.1:10). Em outras palavras, por não termos dentro de nós algo imortal, temos uma imortalidade condicional. Se “perseverarmos em fazer o bem”, teremos uma vida eterna (Rm.2:7).

 

Deus é o único Ser do Universo que possui imortalidade incondicional. Nós possuímos imortalidade condicional, condicional a crer em Jesus Cristo e a perseverar em seus mandamentos (cf. Rm.2:7; 1Tm.1:10; Jo.6:40; Jo.15:24; Jo.3:36). É por isso que Paulo afirma claramente e categoricamente que Deus é o ÚNICO que possui a imortalidade (incondicional). Isso prova novamente que nós não temos preso dentro de nós uma alma imortal. Pelo o contrário, obteremos a vida eterna (imortalidade) por ocasião da ressurreição, e não por uma alma imortal (Rm.2:7; Jo.5:28:29). E a Bíblia diz claramente quem são aqueles que irão herdar uma vida eterna: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.” (Mateus 19:29). Definitivamente isso não bate com uma pessoa ímpia...

 

 

Texto Bíblico:

 

Romanos 2

7 Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade.

 

COMENTÁRIO: Ter uma vida eterna é exclusividade apenas daqueles que “perseveram em fazer o bem”, e a “imortalidade” não é algo que todos possuam dentro de si, visto que tem que ser buscada. Ora, quem já viu alguém BUSCAR uma coisa que todo mundo já tem independente de ser bom ou mal, justo ou ímpio? Eu não vi! Ninguém busca aquilo que já se possui. Buscamos aquilo que não temos, mas almejamos ter. Também não é todos os que conseguem alcançar, visto que se fosse assim não seria necessário “perseverar em fazer o bem”. De acordo com o apóstolo Paulo, então, podemos assegurar que:

 

1. A imortalidade não é uma possessão natural, visto que tem que ser buscada.

2. Nem todas as pessoas a alcançam, mas apenas aqueles que “perseveram em fazer o bem”.

 

Essas duas conclusões concordam afirmativamente com tudo aquilo que já vimos até aqui. Se existisse uma ama imortal presa dentro do nosso corpo, mas liberta por ocasião da morte, então a imortalidade não teria que ser buscada. Visto que deve ser buscada, então nós não a temos. Ninguém diz: “vamos buscar a imortalidade” se todo mundo já tem uma alma que garante imortalidade a todos. Se temos que buscar é porque não a temos agora, e não é para todos.

 

Outra passagem em que Paulo reafirma a sua crença de que a imortalidade não é uma possessão natural do ser humano e é apenas para os justos, aqueles mesmos que “perseveram em fazer o bem”, se encontra em sua segunda epístola a Timóteo: “E que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho (2Tm.1:10). A Nova Versão Internacional traz “imortalidade por meio do evangelho”. A ARA traz “imortalidade mediante o evangelho”.

 

Em todas as ocasiões, fica claro que a imortalidade não é algo que todas as pessoas tem ou possuam, mas algo que é alcançado mediante o evangelho. Isso explica porque Paulo afirma categoricamente que só a obtêm aqueles que a “buscam”, e “perseveram em fazer o bem”! Ora, se a imortalidade é por meio do evangelho então aqueles que desprezam o evangelho não possuem a imortalidade. Se Paulo cresse que a imortalidade é para todos, então não diria que ela é mediante o evangelho. Seria por meio de uma alma imortal que qualquer ímpio possui.

 

Por que razão Paulo faz questão de acentuar que a imortalidade é por meio do evangelho? Porque aqueles que não seguem o evangelho não tem a imortalidade, que é um dom concedido por Deus (Rm.6:23), através e a partir da ressurreição dentre os mortos (Jo.5:28,29). Nisso fica claro que não existe uma “alma imortal” presa dentro de nós.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Tessalonicenses 4

13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

14 Cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também cremos que aos que dormem em Jesus, Deus os trará com Ele.

 

COMENTÁRIO: Não podemos enfrentar a morte como aqueles que não têm esperança. Sabemos que os que morrem justificados em Cristo, serão ressuscitados e transformados para a vida eterna. Essa é a grande esperança pela qual vive o cristão. Após afirmar para que “não sejamos ignorantes a respeito dos que dormem”, o apóstolo Paulo não afirma que eles estão na glória, pelo o contrário, os consola novamente com a esperança da ressurreição dos mortos. Essa é a esperança, e não de uma alma imortal que já estivesse entrado no Paraíso antecedendo os vivos.

 

 

Texto Bíblico:

 

2 Timóteo 1

16 O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso;

17 ao contrário, quando chegou a Roma, procurou-me diligentemente até me encontrar. Conceda-lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor!

18 Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Éfeso.

 

COMENTÁRIO: O amigo de Paulo, Onesíforo, morre, e Paulo fala a respeito dele em sua segunda epístola a Timóteo: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso; ao contrário, quando chegou a Roma, procurou-me diligentemente até me encontrar. Conceda-lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor! Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Éfeso” (2Tm.1:16-18).  Este desejo de Paulo reforça ainda mais aquilo que já vimos até aqui: os mortos permanecem sem vida até a ressurreição dos mortos, quando serão despertados, sendo julgados para entrarem no Céu ou no inferno.

 

Sabendo que Onesíforo, já morto, se encontrava nesse estado, Paulo deseja que ele encontre misericórdia da parte do Senhor naquele dia (o dia do juízo na segunda vinda de Cristo). Ora, para os imortalistas isso não faz sentido algum já que Onesíforo já teriaencontrado a misericórdia da parte de Deus já estando no Paraíso com todos os outros santos. Contudo, o apóstolo Paulo ao invés de dizer que este já se encontrava na “glória”, deseja que ele alcance a misericórdia de Deus no dia do juízo, uma vez que Onesíforo não havia sido julgado ainda para encontrar a misericórdia da parte de Deus e entrar no Céu.

 

 

Texto Bíblico:

 

Mateus 13

40 Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.

 

COMENTÁRIO: Os ímpios só serão queimados no fogo na consumação deste mundo:  “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.” (Mt.13:40). Isso prova que eles não estão queimando ainda, pelo contrário, só será queimado no fogo “na consumação deste mundo” (v.40). Diante do contexto, o joio é claramente indicado como representação dos ímpios enquanto o trigo é a representação dos justos (ver Mateus 13:36-40).

 

 

Texto Bíblico:

 

Apocalipse 2

12 Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.

 

COMENTÁRIO: Aqui fica mais do que claro que a retribuição a cada um será quando Cristo vier, sem demora, e com ele estará o galardão. Os salvos não recebem o galardão antes disso e muito menos são retribuídos de acordo com as suas obras porque tal feito só se dará quando Jesus voltar para retribuir a cada um. Também no Evangelho de Mateus, Cristo ensina: “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.” (Mt.16:27). Novamente aqui é retomando o fato de que a retribuição a cada um se dará por ocasião da vinda do Filho do Homem na glória de seu Pai, fato que se concretizará pela solenidade da Volta Gloriosa de Cristo. Até lá, os mortos permanecem ser terem a devida retribuição por suas obras, algo que seria um absurdo caso já estivessem todos no Céu.

 

 

Texto Bíblico:

 

Daniel 12

13 Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.

 

COMENTÁRIO: Daniel só iria receber a sua herança “no fim dos dias”, e até este momento ele estaria descansando, só levantando neste momento final para finalmente receber a sua herança prometida. Ora, qual seria a sua herança, senão a entrada no Paraíso?

 

 

Texto Bíblico:

 

Isaías 38

17 Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.

 

COMENTÁRIO: Outro fator importante que mostra que quando os escritores do Antigo e do Novo Testamento não imaginavam uma natureza dualista do ser humano em que a referência ao “dormir” pudesse ser interpretada como “somente o corpo”, é o fato de que a Bíblia fala não poucas vezes de que a alma vai não para um lugar separado, mas o mesmo lugar do corpo. Por exemplo, no Salmo 94:17, o salmista acentua que “se o Senhor não fora em meu auxílio, já a minha alma habitaria no lugar do silêncio.” (Sl.94:17). É evidente que este “local de silêncio” não é referência ao Céu (com louvores e regojizo) e muito menos ao inferno (de dor e gritaria).

 

Antes, é uma referência à própria sepultura no qual o salmista deixa claro que a sua alma irá após a morte. Nisso fica claro que a referência também é a alma e não apenas a um corpo. Também em Isaías 38:17 há uma outra referência de que a alma vai para o túmulo e não para uma “outra dimensão”:Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados” (Is.38:17). O Senhor livrou a sua alma de ir para onde? Pro Céu? Pro Inferno? Pro purgatório? Não, pra cova.

 

Essa é mais uma referência bíblica de que a alma não vai para um lugar diferente do corpo porque a natureza humana é holista, e não dualista. Como se tudo isso não fosse suficiente, uma outra passagem que mostra o repouso da alma está no Salmo 25, que assim reza:Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra” (Sl.25:13).

 

A alma também “repousa”, não é só o corpo que dorme! Diante de tudo isso, apenas alguém bem mal-entendido para acreditar que os escritores bíblicos estavam fazendo sempre referências apenas ao corpo, uma vez que a Bíblia apresenta tantas vezes não só a morte da alma, mas como também a sua descida ao silêncio e a cova (sepultura), bem como está “repousando”. Além disso, vale a pena lembrar que não existe passagem bíblica nenhuma em que qualquer escritor bíblico dissesse que é só um corpo que dorme, mas pelo contrário, a alma também. Não é só o corpo que vai para a sepultura, mas também a alma (Salmos 94:17; Isaías 38:17), pelo simples fato de que a alma não é uma entidade imaterial e imortal, mas a própria pessoa humana (Gn.2:7).

 

 

Texto Bíblico:

 

Hebreus 11

35 Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição.

 

COMENTÁRIO: A passagem é bem clara em dizer que o motivo pelo qual eles suportaram a tortura e a perseguição foi a esperança de obterem uma superior ressurreição, e não da alma partindo imediatamente para o Céu por ocasião da morte. Isso seria muito estranho caso existisse a imortalidade. Esperar-se-ia o contrário, isto é, que eles morressem esperando que as suas almas já partissem para o Céu para receber sua herança. Contudo, eles morreram foi “para obterem superior ressurreição”. Foi pela ressurreição dos mortos que eles aceitaram a tortura e a perseguição, pelo simples fato de que é na ressurreição em que finalmente entraremos no Reino prometido do Pai. Se existisse a imortalidade da alma, eles morreriam esperando que as suas almas imortais partissem imediatamente para o Céu.

 

 

Texto Bíblico:

 

João 5

28 Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.

29 E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.

 

COMENTÁRIO: Os justos mortos levantar-se-ão por ocasião da segunda vinda de Cristo e junto com os santos vivos serão arrebatados nas nuvens a receber o Senhor nos ares (1Ts.4:15-18), mas os mortos ímpios não se levantarão até mil anos depois da ressurreição dos justos. “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se completassem” (Ap.20:5). Como pode alguém “reviver” sem estar morto? A ressurreição não é para pessoas vivas, mas sim pessoas que estão literalmente mortas. Ninguém que já está vivo pode ser “vivificado”!

 

Do contrário seria ressurreição dentre os vivos, e não ressurreição dentre os MORTOS (Mc.9:10; Sl.16.10; At.2.34). Se a ressurreição é só para o corpo, então todas as pessoas que foram cremadas estariam perdidas. Se as pessoas já estivessem no Céu sem corpo, então não haveria necessidade de voltar o corpo para reencarnar novamente e voltar para a “glória”. Perderia totalmente o significado de “RESSURREIÇÃO”. A ressurreição definitivamente não combina com a idéia de imortalidade da alma. Os que estão nos SEPULCROS ouvirão a sua voz, e não os que estão no Céu, no Inferno, no Hades, ou onde quer que seja.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Tessalonicenses 4

16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.

17 Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

 

COMENTÁRIO:Veja aqui a distinção que nós somos vivos e não que vamos nos encontrar com outros vivos de outros mundos. Isto está muito claro que somente nós somos os vivos. Os outros são os mortos em Cristo, e não “vivos” em Cristo! Nós, os VIVOS, somos os únicos vivos, que iremos nos encontrar com os MORTOS que RESSUSCITARAM.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Pedro 4

12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo.

13 Pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.

 

COMENTÁRIO: A revelação da glória de Cristo se dará quando de Seu advento. Ora, se Pedro cresse na imortalidade da alma não teria por que falar em regozijo e exultação dos crentes ligando isso àquela ocasião. Se fossem com suas almas para o céu, seguindo-se à morte, não iriam ali exultar e alegrar-se? Na perspectiva do Apóstolo, porém, só quando da “revelação da Sua glória” é que tal sentimento de felicidade se confirmaria.

 

 

Texto Bíblico:

 

1 Pedro 5

1 Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada.

2 Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;

3 nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.

4 Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcesícível coroa da glória.

 

COMENTÁRIO: A clareza da linguagem é indiscutível. Nada de esperar pela glória a não ser “quando se manifestar o supremo Pastor”, Jesus Cristo.

 

 

Texto Bíblico:

 

João 7

33 Disse, pois, Jesus: Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou.
34 Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis vir.

 

COMENTÁRIO:O lugar para onde Jesus vai é obviamente o Céu. Ninguém vai para lá logo após da morte, pois é necessário que ele VOLTE, e traga-nos consigo, para aí sim estarmos onde ele está: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. E vós conheceis o caminho para ir aonde vou”. (Jo.14:2-4). Isso também está em conformidade com o que está escrito em João 3:13, dizendo que de modo genérico ninguém subiu ao Céu ainda: Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem”. A Bíblia certamente não nos deixa dúvidas que, morrendo, não estaremos direto no Céu, senão quando o Filho do Homem voltar para nos tomar com ele.

 

 

Texto Bíblico:

 

Hebreus 9

27 Porque ao homem está decidido morrer uma só vez, vindo, em seguida, o juízo.

 

COMENTÁRIO:Uma das provas que eu considero mais forte da inconsciência pós-morte é a questão relativa ao juízo. O autor de Hebreus é bem enfático ao dizer que LOGO EM SEGUIDA da morte vem o JUÍZO. Não vem o Céu e nem o Inferno. A pessoa só é levada ao Céu ou ao Inferno DEPOIS de ser julgada. Contudo, lemos que este julgamento só irá acontecer ao soar da ÚLTIMA trombeta (a sétima trombeta de Apocalipse, ver Ap.11:18). O julgamento só acontecerá quando “vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória”(Mt.25:31).

 

Sendo assim, a doutrina de que vamos diretamente para o Céu ou para o Inferno antes da volta de Cristo (quando os mortos serão ressuscitados) entra em um total choque de lógica. Se as pessoas vão direto para o Céu ou para o Inferno antes da volta de Cristo quando serão julgadas (Mt.25:31), então entraria em choque com Hebreus 9:27 que diz enfaticamente que é logo após a morte. Se o juízo é só na volta de Cristo (Mt.25:41), mas os mortos já estão no Céu ou no Inferno muito antes disso, então eles estariam lá sem serem julgados ou, então, haveria dois julgamentos, mas Hebreus 9:27 traz o juízo no singular.

 

Cada pessoa é julgada apenas uma vez. Ninguém é levado ao Céu ou ao Inferno antes do juízo, e este só acontecerá na volta de Cristo (Mt.25:31). Por conseguinte, os mortos antes disso não podem estar no Céu ou no Inferno. Estão literalmente mortos, na sepultura, e só serão ressuscitados na volta de Cristo quando serão julgados. Um só julgamento, logo após serem ressuscitados, e só depois de serem julgados irão para o Céu ou para o inferno. Uma lógica simples e coerente, mas do lado dos imortalistas é preciso muita imaginação para sustentar a doutrina da imortalidade da alma à luz da doutrina do juízo.

 

Também em 1João 4:17 lemos: "Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo". Por que ele acentua essa confiança “no dia do juízo” e não no dia da morte, quando a “alma imortal” supostamente iria entrar no céu? Ou o crente ao morrer já teria definida a sua sorte no “departamento dos futuros salvos”, como alguns ensinam como sendo o local para onde se dirigiriam os salvos, ali permanecendo à espera do dia do juízo para saber se se salvarão ou não, embora já certos de que sim!

 

 

Texto Bíblico:

 

Atos 25

19 Ao contrário, tinham alguns pontos de divergência com ele acerca de sua própria religião e de um certo Jesus, já morto, o qual Paulo insiste que está vivo.

 

COMENTÁRIO: Se todas as pessoas ao morrerem fossem direto para o Céu ou para o Inferno, independente de serem justas ou injustas, será que Paulo precisaria insistir com eles para provar que Jesus está vivo? Absolutamente que não! Não seria nem necessário provar, já que todos os mortos já estão vivos em algum lugar! E veja que o foco é no presente: Paulo insiste para tentar provar que Cristo ESTÁ vivo; e não somente que ele “ressuscitou” ou “reviveu”. Se a imortalidade da alma fosse a crença da época e dos primeiros cristãos, então Paulo definitivamente não teria que se esforçar a fim de provar que JESUS está vivo, até porque TODOS os mortos já estariam vivos! Se Paulo teve que INSISTIR com eles para PROVAR que JESUS está vivo, então evidentemente é porque os outros em geral estão mortos.

 

 

Texto Bíblico:

 

Atos 26

6 Agora, estou sendo julgado por causa da minha esperança no que Deus prometeu aos nossos antepassados.

7 Esta é a promessa que as nossa doze tribos esperam que se cumpra, cultuando a Deus com fervor, dia e noite. É por causa dessa esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus.

8 Por que os senhores acham impossível que Deus ressuscite os mortos?

 

COMENTÁRIO: A pregação dos primeiros apóstolos e da Igreja Primitiva era sempre focada na RESSURREIÇÃO dos MORTOS. Essa doutrina, como já vimos anteriormente, não combina em absolutamente nada com a imortalidade da alma. Isso porque não faz sentido nenhum focar na ressurreição dos mortos se todos ao morrerem vão direto para o Céu ou para o inferno e o fato da ressurreição é quase insignificante já que eles já estariam lá! É por isso que nas nossas igrejas de hoje pregações sobre a ressurreição dos mortos praticamente inexistem. Muitíssimo diferente do foco da Igreja Primitiva, totalmente voltado para a ressurreição dos mortos.

 

Muitos acham impossível que Deus um dia ressuscite os mortos, mas Paulo, na passagem acima, assim como todos os cristãos, tem a esperança de que para Deus nada é impossível, e essa ressurreição vai acontecer. A doutrina da imortalidade da alma é uma aberração que só surgiu séculos depois influenciada pelos padrões gregos, que de nada tinham a ver com o Novo Testamento. Antigamente, os hereges para provar que os mortos já estavam no Céu pregavam assim: “Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns” (2Timóteo 2:18). Hoje, a moda mudou: Virou a “imortalidade da alma”!

 

 

Texto Bíblico:

 

Atos 17

32 Quando ouviram sobre a ressurreição dos mortos, alguns deles zombaram, e outros disseram: “A esse respeito nós o ouviremos uma outra vez”.

 

COMENTÁRIO: Paulo foi a Atenas, pregar o Evangelho. O contexto mostra que Paulo estava ensinando sobre o Deus vivo, o “Deus desconhecido” dos gregos. Até aí eles ouviam atentamente. Até que ele falou uma coisa que fez com que os atenienses zombassem dele e parassem de escutá-lo: A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS. O que acontece, e mais chama a atenção, é o motivo pelo qual eles rejeitaram a doutrina de Paulo: eles acreditavam na doutrina da imortalidade da alma. Aí está a chave de todos os problemas. Paulo pregava a ressurreição, os atenienses pregavam a imortalidade. O evangelho que Paulo pregava era totalmente diferente daquilo que os gregos acreditavam sobre a vida pós-morte, a idéia de “imortalidade”, também enraizado no catolicismo e em muitas igrejas protestantes. Ressurreição não combina com imortalidade. Nesse caso, Paulo sofreu o maior dilema que até hoje sofrem aqueles que pregam a sã doutrina:

 

IMORTALIDADE DA ALMA X RESSURREIÇÃO DOS MORTOS.

 

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

 

Por Cristo e por Seu Reino,

Lucas Banzoli.

 

 

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